Pois é. Eu resolvi arriscar e fui ao "Scalpe". Na entrada, um cartaz que dizia "entre por sua conta e risco" me fez pensar por alguns segundos. Mas não tendo visto nenhum machado pendurado, entrei e pedi pra cortar o cabelo.
Antes que eu falasse qualquer outra coisa, o cara passou logo a tesoura nas minhas sobrancelhas. E começou uma conversa sobre o Quebec, indo do separatismo (que ele é contra) à preservação do francês (que ele é a favor). Papo agradável, cabelo indo embora. Em quinze minutos, pronto: trabalho terminado. A única coisa que eu consegui dizer, antes que ele terminasse, foi que eu não queria muito curto pra não ficar espetado. Não adiantou.
Já me preparava pra dizer que não queria franja, quando ele passou uma gororoba lá nas mãos e esfregou na minha cabeça, puxando o cabelo todo pra frente e arrebitando o topete pra cima (sim, aquilo não era uma franja, era um topete). "Voilà!", disse ele, tirando aquela bata verde dos meus ombros.
Mas esse corte tá meio estranho, eu não tenho idade pra isso. "Tem sim, você é jovem!" Bom, mas nesse assunto de corte de cabelo eu sou conservador. "Não pode ser conservador". Mas... "Não tem mas. Vá pra casa. Mostre a sua esposa. Garanto que ela vai gostar." E eu saí de lá, meio em estado de choque com aquele corte autenticamente quebecois. Só então fui entender o "por sua conta e risco".
Não tinha franja nem estava espetado, mas ainda assim fiquei me sentindo meio ridículo.
A esposa gostou. A irmã também. Então tá. Não sou muito conhecido por aqui mesmo... Deixa estar. Em breve o cabelo cresce. O que eu não sei é se eu volto lá. ;)
2 comentários:
Aqui em Maceió, é o equivalente a ir ao mercado e pagar pelo corte R$ 2,00 em pé ou R$ 3,00 sentado; ou ainda uma outra promoção de um açougue que é "compre um frango e ganhe um corte". :-)
Grande abraço!
Oi, vi o link para o seu blog no yahoo, e vim checar o corte de cabelo... posso não ser expert, mas achei bem bacana!
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