Hoje é o dia mais curto do ano por essas bandas. O sol nasceu às 7h31 e vai se pôr às 16h13. Isso mesmo: perto das quatro e quinze o sol - que já acordou tarde - vai embora dormir. Preguiçoso!
Por falar em preguiça, nessa época de pouco sol (e quase nenhuma vontade de fazer exercícios) é bom manter a boca fechada. Não pra evitar rachadura nos lábios por causa do frio, e sim pra não comer muito. A gente chega em casa às cinco e meia e já está escuro. Vem aquela vontadezinha de jantar... e às vezes a gente janta. Sete horas e a barriga já está cheia. Lá pelas nove dá uma fomezinha discreta... e às vezes a gente come de novo. Se não tomar cuidado, vira uma bola. E não é de neve.
À bientôt, les amis!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Os patos já estão indo embora
Eles passaram bem em cima do lugar onde eu moro. Um espetáculo inesquecível.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Eu me arrisquei e...
Pois é. Eu resolvi arriscar e fui ao "Scalpe". Na entrada, um cartaz que dizia "entre por sua conta e risco" me fez pensar por alguns segundos. Mas não tendo visto nenhum machado pendurado, entrei e pedi pra cortar o cabelo.
Antes que eu falasse qualquer outra coisa, o cara passou logo a tesoura nas minhas sobrancelhas. E começou uma conversa sobre o Quebec, indo do separatismo (que ele é contra) à preservação do francês (que ele é a favor). Papo agradável, cabelo indo embora. Em quinze minutos, pronto: trabalho terminado. A única coisa que eu consegui dizer, antes que ele terminasse, foi que eu não queria muito curto pra não ficar espetado. Não adiantou.
Já me preparava pra dizer que não queria franja, quando ele passou uma gororoba lá nas mãos e esfregou na minha cabeça, puxando o cabelo todo pra frente e arrebitando o topete pra cima (sim, aquilo não era uma franja, era um topete). "Voilà!", disse ele, tirando aquela bata verde dos meus ombros.
Mas esse corte tá meio estranho, eu não tenho idade pra isso. "Tem sim, você é jovem!" Bom, mas nesse assunto de corte de cabelo eu sou conservador. "Não pode ser conservador". Mas... "Não tem mas. Vá pra casa. Mostre a sua esposa. Garanto que ela vai gostar." E eu saí de lá, meio em estado de choque com aquele corte autenticamente quebecois. Só então fui entender o "por sua conta e risco".
Não tinha franja nem estava espetado, mas ainda assim fiquei me sentindo meio ridículo.
A esposa gostou. A irmã também. Então tá. Não sou muito conhecido por aqui mesmo... Deixa estar. Em breve o cabelo cresce. O que eu não sei é se eu volto lá. ;)
Antes que eu falasse qualquer outra coisa, o cara passou logo a tesoura nas minhas sobrancelhas. E começou uma conversa sobre o Quebec, indo do separatismo (que ele é contra) à preservação do francês (que ele é a favor). Papo agradável, cabelo indo embora. Em quinze minutos, pronto: trabalho terminado. A única coisa que eu consegui dizer, antes que ele terminasse, foi que eu não queria muito curto pra não ficar espetado. Não adiantou.
Já me preparava pra dizer que não queria franja, quando ele passou uma gororoba lá nas mãos e esfregou na minha cabeça, puxando o cabelo todo pra frente e arrebitando o topete pra cima (sim, aquilo não era uma franja, era um topete). "Voilà!", disse ele, tirando aquela bata verde dos meus ombros.
Mas esse corte tá meio estranho, eu não tenho idade pra isso. "Tem sim, você é jovem!" Bom, mas nesse assunto de corte de cabelo eu sou conservador. "Não pode ser conservador". Mas... "Não tem mas. Vá pra casa. Mostre a sua esposa. Garanto que ela vai gostar." E eu saí de lá, meio em estado de choque com aquele corte autenticamente quebecois. Só então fui entender o "por sua conta e risco".
Não tinha franja nem estava espetado, mas ainda assim fiquei me sentindo meio ridículo.
A esposa gostou. A irmã também. Então tá. Não sou muito conhecido por aqui mesmo... Deixa estar. Em breve o cabelo cresce. O que eu não sei é se eu volto lá. ;)
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Quem se arrisca?
Segundo o excelente dicionário online da TV5, "scalper" quer dizer "oter la peau du crâne par incision". Ou seja, tirar a pele do crânio por incisão. É, é aquilo mesmo que dizem que os índios americanos faziam com quem enchia o saco deles.
Pois bem, aqui em Chambly tem um salão com o sugestivo nome de Scalpe Coiffure. Talvez espante alguns clientes, mas eu confesso fiquei com vontade de ir lá cortar o cabelo. Só pelo nome do lugar. Espero que eles usem tesouras em vez de machados. ;)
À bientôt, les amis!
Pois bem, aqui em Chambly tem um salão com o sugestivo nome de Scalpe Coiffure. Talvez espante alguns clientes, mas eu confesso fiquei com vontade de ir lá cortar o cabelo. Só pelo nome do lugar. Espero que eles usem tesouras em vez de machados. ;)
À bientôt, les amis!
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
L'été indien?
Quase todo ano, durante o outono, por um período que pode durar de três a sete dias, a temperatura sobe uns 5 graus acima do que seria esperado. Se for depois da primeira geada de outono, então esse fenômeno pode ser o que chama aqui de "été indien" ou "été des indiens".
Não é fácil dizer se esse período que estamos vivendo é ou não um été indien. Nem eu vou me preocupar com isso. O fato é que é bom e que a gente tem que aproveitar. Em breve as temperaturas vão estar abaixo de zero por um longo, longo tempo.
Quem quiser saber mais sobre o fenômeno, pode ler na Wikipedia em francês ou em inglês. E/ou escutar uma musiquinha legal que Joe Dassin fez sobre o tema. Joe Dassin é aquele mesmo de "Et si tu n'existais pas", sucesso das FMs (e motéis) nos anos 70. :) É só clicar no player aí embaixo:
A letra está aqui.
À bientôt, les amis! Bon été indien!
Não é fácil dizer se esse período que estamos vivendo é ou não um été indien. Nem eu vou me preocupar com isso. O fato é que é bom e que a gente tem que aproveitar. Em breve as temperaturas vão estar abaixo de zero por um longo, longo tempo.
Quem quiser saber mais sobre o fenômeno, pode ler na Wikipedia em francês ou em inglês. E/ou escutar uma musiquinha legal que Joe Dassin fez sobre o tema. Joe Dassin é aquele mesmo de "Et si tu n'existais pas", sucesso das FMs (e motéis) nos anos 70. :) É só clicar no player aí embaixo:
A letra está aqui.
À bientôt, les amis! Bon été indien!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Passeio de outono em Chambly
15 graus em pleno mês de novembro! Tinha que aproveitar.
Sol forte, vento não muito frio. Tirei a bicicleta da garagem e fui passear pela cidade. O que não pude descrever, fotografei.
Em tempo: o outono é bonito, sim, mas cá pra nós eu ainda prefiro o verão. ;)
Sol forte, vento não muito frio. Tirei a bicicleta da garagem e fui passear pela cidade. O que não pude descrever, fotografei.
Em tempo: o outono é bonito, sim, mas cá pra nós eu ainda prefiro o verão. ;)
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Começou a congelar
Pela terceira vez tive que raspar o gelo do para-brisa do carro pra poder sair de casa. E o inverno ainda nem começou!
Ainda faz um "calorzinho" de vez em quando, mas o frio já chegou. Nos últimos dias tem sido assim: de manhã faz -3ºC. De tarde faz 9. Como diz minha irmã Toddy, desse jeito eu vou ficar "pasteurizado".
Do jeito que as coisas andam, o Halloween desse ano vai ser diferente: em vez de fantasias de vampiros e bruxas, vamos ter esquimós e astronautas. Então, se alguém cruzar com um vampiro ou com uma bruxa na noite do Halloween... pode correr! Pra se vestir assim com o freezer ligado, só sendo de verdade. ;)
(Se quiser, aprenda com o Têtes-à-Claques como não fazer pra tirar o gelo do para-brisa)
Ainda faz um "calorzinho" de vez em quando, mas o frio já chegou. Nos últimos dias tem sido assim: de manhã faz -3ºC. De tarde faz 9. Como diz minha irmã Toddy, desse jeito eu vou ficar "pasteurizado".
Do jeito que as coisas andam, o Halloween desse ano vai ser diferente: em vez de fantasias de vampiros e bruxas, vamos ter esquimós e astronautas. Então, se alguém cruzar com um vampiro ou com uma bruxa na noite do Halloween... pode correr! Pra se vestir assim com o freezer ligado, só sendo de verdade. ;)
(Se quiser, aprenda com o Têtes-à-Claques como não fazer pra tirar o gelo do para-brisa)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Agora é Chambly!
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
O verão já era
Oficialmente o verão só acaba dia 22. Mas pra todos os efeitos, ele já acabou há alguns dias.
Já tem árvore com folhas vermelhas e amarelas. Já tem folhas e folhas pelo chão. A temperatura, que não caía abaixo dos 18 graus, agora dificilmente passa disso.
O Meteomedia anuncia que na próxima segunda vamos chegar aos 23ºC, e na quarta aos 26ºC. Certamente são os últimos suspiros do verão, que - mal chegou - já vai embora. É hora dos últimos passeios de bicicleta.
Os choques já começaram. Nem precisa esfriar muito pra eles começarem a aparecer. Hoje levei um choque tão forte na porta do carro, que ela parecia estar ligada numa tomada de 220 volts. Como detesto esses choques! Um dia descubro como evitá-los. Por enquanto a única coisa que eu posso fazer é chamar palavrões. Ainda bem que pouca gente fala português por aqui. :)
Pois é. Daqui a pouco vêm as roupas de astronauta, a neve, rios e lagos congelados, árvores sem folhas, temperaturas glaciais. Tomara que demore muito. Espero que o outono passe bem devagar.
À bientôt, les amis!
Já tem árvore com folhas vermelhas e amarelas. Já tem folhas e folhas pelo chão. A temperatura, que não caía abaixo dos 18 graus, agora dificilmente passa disso.
O Meteomedia anuncia que na próxima segunda vamos chegar aos 23ºC, e na quarta aos 26ºC. Certamente são os últimos suspiros do verão, que - mal chegou - já vai embora. É hora dos últimos passeios de bicicleta.
Os choques já começaram. Nem precisa esfriar muito pra eles começarem a aparecer. Hoje levei um choque tão forte na porta do carro, que ela parecia estar ligada numa tomada de 220 volts. Como detesto esses choques! Um dia descubro como evitá-los. Por enquanto a única coisa que eu posso fazer é chamar palavrões. Ainda bem que pouca gente fala português por aqui. :)
Pois é. Daqui a pouco vêm as roupas de astronauta, a neve, rios e lagos congelados, árvores sem folhas, temperaturas glaciais. Tomara que demore muito. Espero que o outono passe bem devagar.
À bientôt, les amis!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Festival de Balões de Saint-Jean: imperdível
Faz tempo que não escrevo uma linhazinha sequer por aqui. Culpa do verão, que aliado à dona Preguiça têm me impedido de contar as novidades. Antes que o entusiasmo passe, lá vai uma postagem rapidinha.
No último final de semana fomos a Saint-Jean-sur-Richelieu (pra que esse nome tão grande?) ver os balões do famosíssimo festival da cidade. Famoso e imperdível!
Se mora por aqui, não deixe de ir. Uma dica: se quiser só ver os balões, sem entrar no pátio do festival, o melhor é ficar perto do Cegep da cidade. A vista é magnífica.
Para ver mais fotos, clique aqui.
À bientôt, les amis!
No último final de semana fomos a Saint-Jean-sur-Richelieu (pra que esse nome tão grande?) ver os balões do famosíssimo festival da cidade. Famoso e imperdível!
Se mora por aqui, não deixe de ir. Uma dica: se quiser só ver os balões, sem entrar no pátio do festival, o melhor é ficar perto do Cegep da cidade. A vista é magnífica.
Para ver mais fotos, clique aqui.
À bientôt, les amis!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Um ano em Montreal
Faz um ano. O tempo voa... muito mais rápido do que o avião que nos trouxe.
Da janela, a primeira imagem: uma olhadela e lá estavam o estádio Olímpico, as pontes Jacques-Cartier, Victoria e Champlain, os parques Maisonneuve e Jean Drapeau, parte do centro da cidade e até um pedacinho de l'Île-des-Sœurs, bairro que escolheríamos para morar.
Um rio, várias pontes. De certa forma, Montreal lembra o Recife. Recife que não me sai da lembrança.
Da janela, a primeira imagem: uma olhadela e lá estavam o estádio Olímpico, as pontes Jacques-Cartier, Victoria e Champlain, os parques Maisonneuve e Jean Drapeau, parte do centro da cidade e até um pedacinho de l'Île-des-Sœurs, bairro que escolheríamos para morar.
Um rio, várias pontes. De certa forma, Montreal lembra o Recife. Recife que não me sai da lembrança.
sábado, 16 de maio de 2009
É primavera!
A primavera chegou, e com ela a preguiça de escrever. As duas chegaram há mais de um mês e foram ficando, ficando...
Em todo caso, como até a preguiça gosta de dar seus passeios, prometo que na próxima folga que ela der eu estarei de volta. Enquanto isso, mando uma foto da flor mais comum aqui de Montreal. Aquela que gente encontra aos montes em cada esquina, em cada metro quadrado de área verde da cidade.
A danada pode ser comum mas até que é bonita, não é não?
À bientôt, mes amis!
Em todo caso, como até a preguiça gosta de dar seus passeios, prometo que na próxima folga que ela der eu estarei de volta. Enquanto isso, mando uma foto da flor mais comum aqui de Montreal. Aquela que gente encontra aos montes em cada esquina, em cada metro quadrado de área verde da cidade.
A danada pode ser comum mas até que é bonita, não é não?
À bientôt, mes amis!
sexta-feira, 17 de abril de 2009
As muriçocas chegaram!
Não é possível. Mal começou a primavera e as muriçocas já chegaram! E não só chegaram à l'Île-des-Soeurs como à varanda do meu apartamento. Que fica no 11º andar!
Hoje quando acordei e fui olhar a bela paisagem da janela, lá estavam elas fazendo o vidro da janela de aeroporto. Incroyable! Claro que eu não podia deixar passar em branco, fui logo tirando fotos da turminha — que é pra ninguém dizer que eu estou inventando. Eu mesmo não acreditaria se alguém me dissesse que em Montreal há muriçocas e que elas chegam ao 11º andar dos edifícios.
À tarde, voltando pra casa, uma nuvem delas me esperava na parada de ônibus. No lugar de sempre, onde as danadinhas faziam ponto no verão passado. Não sei se elas vão pra lá pra conversar, picar os incautos que estão esperando ônibus, ou se simplesmente querem dar uma voltinha de ônibus no bairro. Mas vou descobrir.
Não ria não que o negócio é sério. Aqui as muriçocas são muito maiores que as de Recife. E os calombos que elas deixam, também. E eu que pensei que estava livre dessa praga. Ah, a inocência...
Hoje quando acordei e fui olhar a bela paisagem da janela, lá estavam elas fazendo o vidro da janela de aeroporto. Incroyable! Claro que eu não podia deixar passar em branco, fui logo tirando fotos da turminha — que é pra ninguém dizer que eu estou inventando. Eu mesmo não acreditaria se alguém me dissesse que em Montreal há muriçocas e que elas chegam ao 11º andar dos edifícios.
À tarde, voltando pra casa, uma nuvem delas me esperava na parada de ônibus. No lugar de sempre, onde as danadinhas faziam ponto no verão passado. Não sei se elas vão pra lá pra conversar, picar os incautos que estão esperando ônibus, ou se simplesmente querem dar uma voltinha de ônibus no bairro. Mas vou descobrir.
Não ria não que o negócio é sério. Aqui as muriçocas são muito maiores que as de Recife. E os calombos que elas deixam, também. E eu que pensei que estava livre dessa praga. Ah, a inocência...
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Montreal Reggae Festival já tem data!
Vai ser nos dias 26, 27 e 28 de junho.
A programação ainda não está fechada, conheço poucos nomes entre os confirmados, mas uma coisa eu sei: dessa vez eu não perco! ;)
O site do Festival: http://www.montrealreggaefest.com
Pra comemorar, um clipe sensacional do Têtes à Claques
A programação ainda não está fechada, conheço poucos nomes entre os confirmados, mas uma coisa eu sei: dessa vez eu não perco! ;)
O site do Festival: http://www.montrealreggaefest.com
Pra comemorar, um clipe sensacional do Têtes à Claques
sexta-feira, 3 de abril de 2009
U2 em Montreal: conversa pra Bono dormir?
Desde que cheguei a Montreal, muitos astros da música pop já estiveram por aqui. Madonna e Elton John eu descartei pelo preço do ingresso. Trop chèr. Paul McCartney esteve na Ville de Québec, na festa dos 400 anos, mas também não fui. Era de graça, mas muito longe. Enfim, continuo esperando para ir a um show daqueles inesquecíveis. Talvez no Festival Internacional do Reggae, quem sabe? Eis que de repente alguém fala na tournée do U2 pelo Canadá. Mas pra minha tristeza, pelo roteiro oficial - divulgado no site da banda - o U2 só vai a Toronto e Vancouver. Lamentável.
Tem gente aqui que garante que eles vêm a Montreal:"É sempre assim; eles não anunciam que vêm mas terminam vindo". Assim espero. Enquanto eles não vêm, uma música que tem tudo a ver: I still haven't found what I'm looking for
Tem gente aqui que garante que eles vêm a Montreal:"É sempre assim; eles não anunciam que vêm mas terminam vindo". Assim espero. Enquanto eles não vêm, uma música que tem tudo a ver: I still haven't found what I'm looking for
segunda-feira, 30 de março de 2009
La Grande (et fantastique) Bibliothèque
Uma das melhores coisas de Montreal é a Grande Biblioteca. Inacreditavelmente boa. Um acervo fantástico (e atualizadíssimo) de livros, CDs e DVDs disponível pra quem quiser ir lá buscar. E não é só isso: além do excelente serviço na própria biblioteca, que está cheia de guichês automatizados (não precisa falar com ninguém pra pegar emprestado) o site também funciona maravilhosamente bem. Nele você pode pesquisar em todo o acervo (o sistema de busca é excelente), reservar, renovar, enfim... fazer tudo o que você precisa. Pra ser perfeito, só falta mandar entregar o livro em casa ou mandar por e-mail. Falo dos livros de papel, claro, pois - acredite - lá também é possível fazer download de livros digitalizados. :) Está duvidando? Então confira aqui: www.banq.qc.ca
A Grande Biblioteca (que é grande mesmo) tem de tudo: DVDs de (bons) filmes, de seriados de TV, documentários e CDs de (boa) música daqui e dos quatro cantos do mundo. Imagine você que na semana passada eu vi um CD de Lia de Itamaracá - difícil de encontrar até mesmo em Recife! Isso sem falar nos zilhões de livros, claro. E o Espaço Amarelo, para as crianças, que lá podem assistir filmes, jogar, brincar e um dia por semana podem também escutar historinhas narradas por pessoas especialmente capacitadas pra isso? C'est vraiment incroyable!
Com uma biblioteca dessas, quem pode reclamar de não ter acesso à cultura? Aliás, quem pode reclamar de alguma coisa? Nem eu consegui essa façanha. ;)
Passa lá! Se não puder, ao menos faça uma visita virtual clicando aqui.
À bientôt!
A Grande Biblioteca (que é grande mesmo) tem de tudo: DVDs de (bons) filmes, de seriados de TV, documentários e CDs de (boa) música daqui e dos quatro cantos do mundo. Imagine você que na semana passada eu vi um CD de Lia de Itamaracá - difícil de encontrar até mesmo em Recife! Isso sem falar nos zilhões de livros, claro. E o Espaço Amarelo, para as crianças, que lá podem assistir filmes, jogar, brincar e um dia por semana podem também escutar historinhas narradas por pessoas especialmente capacitadas pra isso? C'est vraiment incroyable!
Com uma biblioteca dessas, quem pode reclamar de não ter acesso à cultura? Aliás, quem pode reclamar de alguma coisa? Nem eu consegui essa façanha. ;)
Passa lá! Se não puder, ao menos faça uma visita virtual clicando aqui.
À bientôt!
domingo, 29 de março de 2009
Sabe onde é isso?
No jardim em frente ao edifício onde moro, donos e cachorros brincam como se estivessem em casa. Que maravilha, dirá você. Mas não é bem assim: de vez em quando uns animais deixam seu cocozinho na grama e os outros animais - aqueles que deveriam ter o cuidado de recolher o cocô num saquinho e jogar no lixo - fazem de conta que não é com eles. Estão literalmente cagando para o mundo. Problema seu se em vez de cachorro você tem um filho e quer brincar com ele no jardim do seu edifício.
(Não clique na imagem ao lado, a não ser que você queira ver o absurdo ampliado)
Na parada de ônibus, outros animais - dessa vez sem cachorro pra pôr a culpa - jogam o lixo no chão, quando há uma lixeira a menos de três metros dali. E o local passa dias e dias sujo. Não sei se a limpeza é feita poucas vezes por mês ou se os sujismundos agem todo dia. Mas é assim.
Sabe que em que cidade acontece isso? Vai chutando. Caruaru? Não. Recife? Não. São Paulo? Não. Ah... já sabe... Calcutá! Não. Também não.
(Façamos assim: eu vou fazer de conta que você não sabe de que cidade eu estou falando. Aí eu escrevo aqui "é Montreal!" e você finge surpresa. Combinado? Vamos lá.)
Tá bem, eu vou dizer: é Montreal! Cidade de Primeiro Mundo!
Que surpresa, hein? Pois é, mas aqui tem disso sim. Tem uma lenda aí que diz que há uma multa pesada pra quem deixa cocô de cachorro na rua ou joga lixo fora da lixeira. Pode até ser verdade, mas o problema é... quem vai multar essa gente? Não tem ninguém pra fazer isso. Como o bairro onde eu moro é muito tranqüilo (*) quase não se vê polícia por aqui... tome cocô e lixo!
Desculpa aí, mas hoje eu tô arretado.
() Justiça se faça, a cidade em geral é muito tranqüila. Essa é a grande virtude de Montreal: aqui não tem a violência que a gente vê no Brasil, a gente pode andar sem medo pelas ruas, e isso pesa enormemente a favor da cidade. Ah, antes de terminar, uma correção: ultimamente eu tenho tido medo, sim, de andar por aqui. Medo de pisar em cocô de cachorro.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Sou do Recife com orgulho e com saudade
Hoje Recife e Olinda fazem aniversário.
Vale um frevo pra comemorar.
Frevo nº 3 do Recife
(Antônio Maria)
Sou do Recife
Com orgulho e com saudade
Sou do Recife
Com vontade de chorar
O rio passa
Levando barcaça
Pro alto do mar
E em mim não passa
Essa vontade de voltar
Recife mandou me chamar
Capiba e Zumba
Esta hora onde é que estão?
Inês e Rosa
Em que reinado reinarão?
Ascenso me mande um cartão
Rua antiga da Harmonia
Da Amizade, da Saudade e da União
São lembranças noite e dia
Nelson Ferreira toque aquela introdução
E a crise chegou ao Dollarama
O Dollarama, pra quem ainda não veio ao Canadá, é uma loja onde tudo custa um dólar. Ou melhor, custava. Desde fevereiro que essa história mudou e eles começaram a vender produtos também por 1,25, 1,50 e 2 dólares. A tão falada crise chegou ao Dollarama.
Algumas coisas aumentaram, outras mantiveram o preço mas tiveram suas embalagens reduzidas (escondendo aumentos de quase 40%), e produtos novos chegaram às prateleiras custando mais de um dólar. Não é o fim do mundo, tudo ainda continua muito barato no Paraíso do Imigrante, mas esse não deixa de ser um acontecimento digno de atenção.
Mesmo com essa mudança, o Dollarama segue sendo o amigo nosso de cada dia, onde se compra arroz de primeira por 1/3 do preço dos supermercados, brinquedos, material escolar, material de limpeza e higiene pessoal - incluindo papel higiênico. Quatro rolos por um dólar. E não é papel-lixa não. No Dollarama quase tudo é de boa qualidade. Bom e barato, dá vontade de comprar mesmo sem necessidade. Idéia genial, pra quem compra e - claro - pra quem vende também. É difícil sair de lá com apenas um produto na sacola.
Tá pensando que eles vendem barato porque são bestas, é? Vai pensando. ;)
Algumas coisas aumentaram, outras mantiveram o preço mas tiveram suas embalagens reduzidas (escondendo aumentos de quase 40%), e produtos novos chegaram às prateleiras custando mais de um dólar. Não é o fim do mundo, tudo ainda continua muito barato no Paraíso do Imigrante, mas esse não deixa de ser um acontecimento digno de atenção.
Mesmo com essa mudança, o Dollarama segue sendo o amigo nosso de cada dia, onde se compra arroz de primeira por 1/3 do preço dos supermercados, brinquedos, material escolar, material de limpeza e higiene pessoal - incluindo papel higiênico. Quatro rolos por um dólar. E não é papel-lixa não. No Dollarama quase tudo é de boa qualidade. Bom e barato, dá vontade de comprar mesmo sem necessidade. Idéia genial, pra quem compra e - claro - pra quem vende também. É difícil sair de lá com apenas um produto na sacola.
Tá pensando que eles vendem barato porque são bestas, é? Vai pensando. ;)
quarta-feira, 11 de março de 2009
Cuidado com o falso xarope
Há dias que eu só escrevo sobre cuidados e perigos, mas eu garanto que não é de propósito. É pura coincidência. Vou sabendo de algumas coisas, vou tendo vontade de escrever sobre elas, e aproveito pra fazer isso rapidamente enquanto a vontade não passa. Se eu demoro, termino deixando pra lá. E o blog que era pra ser devezenquandal passa a ser umaveznavidal. Mas vamos lá.
A bronca de hoje é com o falso xarope de maple (perdão, sirop d'érable) que apareceu nas prateleiras dos supermercados. E eu - consumidor supostamente atento - quase ia caindo na besteira de comprar uma latinha na semana passada. Tava tão baratinho... só 3,99! Ainda bem que deixei pra lá, pensando na queda dos preços com a chegada da primavera. Foi a sorte.
Ontem eu li no portal Canoë uma reportagem (clique aqui para ler) sobre esse falso xarope, que de maple não tem nada. Ou melhor, tem 5%. O resto é xarope de arroz e xarope de caldo de cana. Que enrolação!
Pois é, gente querendo enganar você não existe só no Brasil não. Aqui também tem. E é aquela enganação sutil, que quando questionada vai ser respondida na maior cara-de-pau: "Se a gente induziu a um erro, a gente pede desculpas. Não era nosso objetivo". Não era? Como não era, se as latas do falso xarope são quase iguais às do original, vendido pela mesma empresa? Veja aí do lado e tire suas conclusões.
Isso me lembrou uma época em que a SBT Discos, do Brasil, costumava lançar coletâneas de sucessos regravados por ilustres desconhecidos, ruinzinhos de dar dó. Mas pra vender como se fossem as músicas originais ela sapecava na embalagem um discreto "regravações dos originais". Lido de repente, o que se entendia? "gravações originais", claro.
Na página da reportagem links para dois vídeos. Se você leu ligeiro e não percebeu, é sinal de que você precisa - como eu - prestar mais atenção nas coisas. ;)
Aqui vão os links:
Reportagem principal (com depoimento do representante do fabricante)
http://lcn.canoe.ca/cgi-bin/player/video.cgi?file=/lcn/actualite/regional/20090310_ps.wmv
Video com o depoimento do presidente da Associação dos produtores de xarope
http://lcn.canoe.ca/cgi-bin/player/video.cgi?file=/lcn/actualite/national/20090310_sirop.wmv
Pra terminar, é justo acrescentar uma informação: parece que o tal Sirop Certifié Biologique é até bonzinho, pois recebeu um prêmio na Europa pelo seu sabor. Talvez nem precisasse enganar, não era mesmo?
Que xaropada!
A bronca de hoje é com o falso xarope de maple (perdão, sirop d'érable) que apareceu nas prateleiras dos supermercados. E eu - consumidor supostamente atento - quase ia caindo na besteira de comprar uma latinha na semana passada. Tava tão baratinho... só 3,99! Ainda bem que deixei pra lá, pensando na queda dos preços com a chegada da primavera. Foi a sorte.
Ontem eu li no portal Canoë uma reportagem (clique aqui para ler) sobre esse falso xarope, que de maple não tem nada. Ou melhor, tem 5%. O resto é xarope de arroz e xarope de caldo de cana. Que enrolação!
Pois é, gente querendo enganar você não existe só no Brasil não. Aqui também tem. E é aquela enganação sutil, que quando questionada vai ser respondida na maior cara-de-pau: "Se a gente induziu a um erro, a gente pede desculpas. Não era nosso objetivo". Não era? Como não era, se as latas do falso xarope são quase iguais às do original, vendido pela mesma empresa? Veja aí do lado e tire suas conclusões.
Isso me lembrou uma época em que a SBT Discos, do Brasil, costumava lançar coletâneas de sucessos regravados por ilustres desconhecidos, ruinzinhos de dar dó. Mas pra vender como se fossem as músicas originais ela sapecava na embalagem um discreto "regravações dos originais". Lido de repente, o que se entendia? "gravações originais", claro.
Na página da reportagem links para dois vídeos. Se você leu ligeiro e não percebeu, é sinal de que você precisa - como eu - prestar mais atenção nas coisas. ;)
Aqui vão os links:
Reportagem principal (com depoimento do representante do fabricante)
http://lcn.canoe.ca/cgi-bin/player/video.cgi?file=/lcn/actualite/regional/20090310_ps.wmv
Video com o depoimento do presidente da Associação dos produtores de xarope
http://lcn.canoe.ca/cgi-bin/player/video.cgi?file=/lcn/actualite/national/20090310_sirop.wmv
Pra terminar, é justo acrescentar uma informação: parece que o tal Sirop Certifié Biologique é até bonzinho, pois recebeu um prêmio na Europa pelo seu sabor. Talvez nem precisasse enganar, não era mesmo?
Que xaropada!
Des garderies dangereuses?
É... o tema é complicado e merece muita, muita atenção.
Na última segunda-feira o Jornal de Montreal publicou uma reportagem sobre a segurança nas garderies do Québec, em que comenta o resultado de inspeções feitas recentemente pelo Ministério da Família. Vale a pena ler, principalmente quem tem filho em garderie.
As matérias estão todas na internet:
Des garderies dangereuses
http://www2.canoe.com/infos/quebeccanada/archives/2009/03/20090309-051700.html
Ontem, dia 10, o jornal publicou outros dois artigos sobre o mesmo tema:
Les parents seront informés
http://www2.canoe.com/infos/quebeccanada/archives/2009/03/20090310-081500.html
Les inspecteurs trop sévères?
http://www2.canoe.com/infos/quebeccanada/archives/2009/03/20090310-081501.html
À bientôt!
Na última segunda-feira o Jornal de Montreal publicou uma reportagem sobre a segurança nas garderies do Québec, em que comenta o resultado de inspeções feitas recentemente pelo Ministério da Família. Vale a pena ler, principalmente quem tem filho em garderie.
As matérias estão todas na internet:
Des garderies dangereuses
http://www2.canoe.com/infos/
Ontem, dia 10, o jornal publicou outros dois artigos sobre o mesmo tema:
Les parents seront informés
http://www2.canoe.com/infos/
Les inspecteurs trop sévères?
http://www2.canoe.com/infos/
À bientôt!
segunda-feira, 9 de março de 2009
Mais um instante
Não sou fã nem de Caetano, nem de Roberto Carlos. Muito pelo contrário. Também não tenho caracóis nos cabelos. Mas aí está uma música que tem muito a ver com muitos dos imigrantes.
Consumidor aqui tem que prestar atenção (2)
Eu já tinha escrito sobre isso há uns três meses (ver aqui), mas terminei esquecendo que consumidor aqui tem que prestar atenção. Muita atenção. Eu me distraí, pensei que ainda estava no Brasil, e em janeiro comprei um chocolate em pó da Nestlé (Milo) que estava com um ano e meio de vencido. Isso mesmo que você leu: um ano e meio! Foi lá num mercadinho perto da estação Jean Talon. Tá certo que o danado veio do Sri Lanka, mas o Sri Lanka não é tão longe assim. Nem vindo de jegue pra cá demoraria tanto.
Minha distração custou apenas 4 dólares, mas poderia ter custado muito mais. Ainda bem que eu percebi que tinha algo errado com o "Milo" que eu coloquei no leite e não tomei.
Aqui a gente não pode se descuidar nem um só instante: tem que olhar a data de vencimento de todos os produtos que compra. E como não é obrigado pôr a data, tem produto que nem tem. Aí é melhor não comprar. Nos grandes supermercados é mais difícil, eles têm um certo controle, mas nos mercadinhos de bairro a coisa é complicada. Você nem imagina o que tem de espertinho por aqui. E a gente não tem o que fazer. Não tem nem onde reclamar. Pelo menos não que eu saiba. Se alguém souber, por favor me avise.
Na dúvida, agora eu só compro Nesquik. ;)
Minha distração custou apenas 4 dólares, mas poderia ter custado muito mais. Ainda bem que eu percebi que tinha algo errado com o "Milo" que eu coloquei no leite e não tomei.
Aqui a gente não pode se descuidar nem um só instante: tem que olhar a data de vencimento de todos os produtos que compra. E como não é obrigado pôr a data, tem produto que nem tem. Aí é melhor não comprar. Nos grandes supermercados é mais difícil, eles têm um certo controle, mas nos mercadinhos de bairro a coisa é complicada. Você nem imagina o que tem de espertinho por aqui. E a gente não tem o que fazer. Não tem nem onde reclamar. Pelo menos não que eu saiba. Se alguém souber, por favor me avise.
Na dúvida, agora eu só compro Nesquik. ;)
domingo, 8 de março de 2009
Começa o horário avançado
Depois de um mês no Brasil, é hora de recomeçar a vida no Québec. As férias passaram rapidinho, não foram suficientes pra passar todo o tempo que eu queria ter passado com a família e com os amigos (e tem mais: a segunda partida é sempre mais difícil do que a primeira). A primeira semana pós-férias foi meio macambúzia, meio sorumbática, mas trouxe uma boa notícia: a partir de hoje volta a ser mais fácil falar com as pessoas no Brasil.
Hoje começou o horário "avançado" no Québec. Com isso, a diferença entre Montreal e Recife volta a ser de uma hora e eu posso jantar tranqüilo que ainda vou ter tempo de telefonar pra todo mundo. Bom, né não?
Em tempo: o nome "avançado" é meio estranho, mas tem uma explicação: se eles chamassem horário de verão todo mundo ia tirar onda. ;)
Hoje começou o horário "avançado" no Québec. Com isso, a diferença entre Montreal e Recife volta a ser de uma hora e eu posso jantar tranqüilo que ainda vou ter tempo de telefonar pra todo mundo. Bom, né não?
Em tempo: o nome "avançado" é meio estranho, mas tem uma explicação: se eles chamassem horário de verão todo mundo ia tirar onda. ;)
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Que é bonito, é
O inverno do Québec pode ser muito frio. Mas que é bonito, é.
Clique na foto para ampliar
domingo, 18 de janeiro de 2009
Tour d'automne
Pois é, a música feita no Québec é muito boa. Aqui vai Tour d'automne, mais uma dos ótimos Cowboys Fringants. Não é um videoclipe. É só uma forma que um fã achou de colocar a versão de estúdio no Youtube. As versões que estão lá são todas ao vivo, e este fã - assim como eu - prefere a versão original, onde a gente pode apreciar o maravilhoso arranjo.
C'est ça! À bientôt!
C'est ça! À bientôt!
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Frio de rachar. Literalmente.
Como o mundo não congelou, aqui estou eu de volta. Promessa é promessa.
O mundo pode não ter congelado, mas meu queixo e a janela do quarto quase congelam. Quanto ao meu queixo, bastaram cinco minutos entre a parada do ônibus e a garderie para o coitado ficar dormente. Quem mandou não usar pelo menos um cachecol? Acho que a expressão "de cair o queixo" vem daí: o frio é tanto que o queixo pode congelar e cair. Tem a ver com espanto, sim, mas é com um frio espantoso.
Quanto à janela, a pobre coitada, amanheceu toda desenhada. Uns desenhos bem estranhos, parecidos com rachaduras. Só sei que não são rachaduras porque da última vez que fez um frio desses elas apareceram e desapareceram logo em seguida. Dessa vez tive o cuidado de tirar uma foto. Olhe e veja se não é de cair o queixo. É, o frio aqui é literalmente de rachar.
Amanhã vai ser ainda mais frio: -27ºC às 8 da manhã. Com sensação térmica de não-quero-nem-saber.
Ainda meu que meu casaco funciona.
À bientôt!
O mundo pode não ter congelado, mas meu queixo e a janela do quarto quase congelam. Quanto ao meu queixo, bastaram cinco minutos entre a parada do ônibus e a garderie para o coitado ficar dormente. Quem mandou não usar pelo menos um cachecol? Acho que a expressão "de cair o queixo" vem daí: o frio é tanto que o queixo pode congelar e cair. Tem a ver com espanto, sim, mas é com um frio espantoso.
Quanto à janela, a pobre coitada, amanheceu toda desenhada. Uns desenhos bem estranhos, parecidos com rachaduras. Só sei que não são rachaduras porque da última vez que fez um frio desses elas apareceram e desapareceram logo em seguida. Dessa vez tive o cuidado de tirar uma foto. Olhe e veja se não é de cair o queixo. É, o frio aqui é literalmente de rachar.
Amanhã vai ser ainda mais frio: -27ºC às 8 da manhã. Com sensação térmica de não-quero-nem-saber.
Ainda meu que meu casaco funciona.
À bientôt!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
De 0 a -21ºC em dez horas
São dez horas da noite da terça-feira. Neste momento a temperatura aqui em Montreal é de -1ºC. Está até quentinho, já que a média dos últimos dias tem sido -10, mas daqui a dez horas (mais precisamente às 8 da manhã), ela cairá para -21ºC. Isso mesmo: -21ºC! Uma queda de vinte graus em apenas dez horas. Incroyable! E vai fazer o maior sol, como na foto do laguinho congelado aí embaixo. Imagine só que incoerência...
Mas o perigo não pára por aí: é provável que a temperatura venha a cair mais doze graus, podendo chegar a -33ºC na noite da quarta-feira. Ainda tem a tal de "sensação térmica", causada pela força do vento. Mas dessa eu não vou nem falar, pra não entrar em pânico. Melhor parar por aqui.
Se o mundo não congelar, amanhã eu volto. À bientôt!
Mas o perigo não pára por aí: é provável que a temperatura venha a cair mais doze graus, podendo chegar a -33ºC na noite da quarta-feira. Ainda tem a tal de "sensação térmica", causada pela força do vento. Mas dessa eu não vou nem falar, pra não entrar em pânico. Melhor parar por aqui.
Se o mundo não congelar, amanhã eu volto. À bientôt!
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