Nossa chegada à cidade de Québec foi meio complicada. Depois de uma longa viagem de oito horas de trem desde Toronto, chegamos um bagaço. Ou melhor, dois bagaços. O trem era muito confortável, a paisagem muito bonita, estresse zero... mas oito horas é muito tempo. Mesmo no maior conforto.
Eram quase nove da noite quando o trem chegou. Assim que saímos na rua, cheios de malas - quatro malas de puxar, mais duas pequenas a tiracolo, para ser mais preciso - percebemos que ventava muito. Era um vento forte, que para nosso espanto, derrubou a mais pesada das malas, que tínhamos colocado de pé enquanto decidíamos se íamos de taxi ou a pé para o albergue. Não bastasse o frio, ainda teríamos que enfrentar um furacão?
Consultamos nosso mapa, telefonamos para o albergue e resolvemos ir a pé. Antes tivéssemos pegado um táxi. Além da dificuldade de localizar o albergue - que só conseguimos depois que resolvemos pedir ajuda aos sempre prestativos canadenses (perdão; quebecoises). Uma vez localizado, ainda tivemos que subir ladeiras intermináveis carregando aquelas incontáveis malas que, a essas alturas, já pesavam pelo menos meia tonelada cada uma. Nunca vi tanta ladeira. Nem Olinda!
Já eram quase dez da noite quando finalmente chegamos ao albergue (Auberge Internationale de Québec - 19 Rue Ste Ursule, QC - G1R 4E1- Quebec) uma maravilha de albergue, justiça se faça. Hoje, quase quatro anos depois, só me lembro de nossa chegada. Não faço a mínima idéia do que aconteceu depois. Acho que caímos no sono. No dia seguinte começamos nosso passeio pela agradabilíssima cidade do Quebec. Mas isso é motivo pra outro post. ;)
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