quinta-feira, 12 de março de 2009

Sou do Recife com orgulho e com saudade













Hoje Recife e Olinda fazem aniversário.

Vale um frevo pra comemorar.

Frevo nº 3 do Recife
(Antônio Maria)

Sou do Recife
Com orgulho e com saudade
Sou do Recife
Com vontade de chorar
O rio passa
Levando barcaça
Pro alto do mar
E em mim não passa
Essa vontade de voltar
Recife mandou me chamar
Capiba e Zumba
Esta hora onde é que estão?
Inês e Rosa
Em que reinado reinarão?
Ascenso me mande um cartão

Rua antiga da Harmonia
Da Amizade, da Saudade e da União
São lembranças noite e dia
Nelson Ferreira toque aquela introdução

4 comentários:

Alice, Paulo e Lucas disse...

Olá,
Faz tempo que não passo por aqui, foi mal!
É... pra quem tá fora estas datas marcam muito!
Tô doidinha prá sentir isto também... daí!
Até mais...
Alice

Carlos Henrique disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sebastiao UCHOA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sebastiao UCHOA disse...

Às vezes nos encontramos no vazio da profundeza das saudades, daí, não conseguirmos emitir uma sequer letra para que possamos expressar palavras e frases consecutivas que venham expor a dor das lembranças, recordações e paixões por Recife e por Pernambuco como um todo.
À Avenida Caxangá reserva-se a parte da trajetória do início da urbanização do Recife zona oeste, ante seus antigos engenhos que ali cortavam sua passagem histórica.
Bairro da Várzea com sua veia apaixonante que é o rio Capibaribe associado à mata atlântica de Brenand que, adentrando-a, logo encontramos restos de cachoeira, tão visitadas quando na nossa infância durante as aventuras da idade.
No bairro do Cordeiro, encontramos sua tradicional feira com o antigo hospital Getúlio Vargas, mais adiante a famosa Rua da Lama que prolongada rumo ao Engenho do Meio, passamos próximo ao Cruzeiro que fica na curva da Avenida do Forte, colada ao bairro dos Torrões...
E o Recife mesmo, lá no centro, não tem outra paisagem igual, por mais que se assemelhe, mas não a encontramos, sobretudo com as energias exaladas pelos prédios antigos que também esboçam a história do povo pernambucano, desde a época da condição de capitania hereditária e aos marcantes movimentos revolucionários, que digam a Rua da Praia, o Palácio do Campo das Princesas e o Forte das Cinco Pontas com o martírio do imortalizado Frei Caneca.
Ouvir a seus cantores, é não dar oportunidade ao coração para aceitar a separação, a distância e o aperto pelas saudades, ao tempo que nos impõem um choro na alma como forma de evitar uma partida inesperada, mediante as dores internas sofridas, face as atormentadas lembranças..E não sejamos injustos ao nominar artistas, já que todos,sem exceção, simbolizam as raízes de Pernambuco mediante suas respectivas manifestações culturais.
Caminhar sobre as pontes, olhar os casarões do lado esquerdo visto da Guararapes, é saber que ali estão registrados nossos ancestrais e termos a consciência de dizê-los que nutrimos o amor pelo Recife na mesma magnitude de seus imortais poetas, cancioneiros, artistas e do seu misturado habitante, tão ímpar como a origem de sua ocupação, mesmo que tenha sido encontradas variedades de tribos, mas todas em comum naquilo que é típico do pernambuquês: as características interna e externa de nossa existência Regional.
Certa vez ouvir um comentário que não temos a capacidade de parar o tempo, ocasião em que disseram que "só a saudade que congela o tempo", pois o "tempo não pára", mas pelas lembranças, conseguimos pará-lo, justamente pela força incomensurável das saudades. Daí, a vontade de chorar e logo vem a vontade de recitar: "Sou do Recife com orgulho e com saudade, sou do Recife com vontade de chorar..."
Que Deus abençoe seus governantes fazendo-os investir eternamente na memória do nosso povo, o amor à causa histórica que nos faz peculiar, embora nosso Brasil seja uma única maravilhosa nação.

Sebastião Uchoa
sebastiaouchoa@hotmail.com;uchoa39@yahoo.com.br
São Luís/Maranhão
Pernambuco com o coração,
Naútico por paixão
Maranhão por profissão